segunda-feira, 24 de março de 2014

Como se alimentar bem em dias de calor

Por Camila Santos
  
A exaltação do físico perfeito é ampliada durante o período do verão, momento no qual os corpos tendem a receber uma valorização significativa.
Nos dias tipicamente brasileiros, o calor não é novidade. Mas como alimentar-se nesta fase? Segundo a nutricionista Dinamar Venâncio, alimentos de fácil digestão são aqueles ricos em água. “Privilegie saladas, frutas, sucos, legumes refogados, peixes e carnes magras”, ressalta. Além disso, ela afirma que as frutas coloridas como: amora, uva, ameixa mamão e tomate, são aliadas de um bronzeado uniforme, pela presença de betacaroteno e licopeno, pigmentos ricos em vitaminas, responsáveis pela proteção da pele.
Com a elevação das temperaturas, a tendência à retenção líquida cresce proporcionalmente. Para não ser vítima desse fator, a técnica em nutrição, Caroline Gutierrez, dá a dica: “O ideal é ingerir muita água, cerca de 2 litros, além de sucos e chás para repor os líquidos perdidos na transpiração”, avalia. Outra bebida que deve ser incluída no cardápio é o chá verde “Ele contém polifenóis, moléculas presentes em hortaliças, que minimizam os danos causados à pele pela exposição ao sol”, diz a técnica.
Contudo, deve-se abrir mão dos vilões do organismo em bom funcionamento. É indicado evitar o consumo de frituras, produtos industrializados ricos em sódio e o excesso de carboidratos em geral. "Aqueles muito pesados e condimentados possuem uma digestão mais demorada e podem ocasionar mal-estar quando associados ao tempo quente e seco", pontua Dinamar. Em contrapartida, esses itens devem ser substituídos por alimentos ricos em vitaminas e minerais.
Outra surpresa está relacionada ao cacau. O fruto é rico em flavonoides, compostos que protegem a cútis do sol e previnem contra manchas. “Uma alternativa criativa, é usá-lo salpicado sobre a salada de fruta ou em iogurtes”, afirma a nutricionista.

Todavia, ambas enfatizam que as refeições não devem ser substituídas por sucos e chás, já que não fornecem todos os nutrientes necessários ao corpo. 

Confira as dicas de alimentação saudável com a nutricionista Érika Chuqui

Por Flávia K. Mendes                                                                                                   

                                                                                                              

A preocupação com uma qualidade de vida melhor, agregando cada vez mais saúde e bem-estar ao nosso dia a dia, é um dos fatores que levam as pessoas a se consultar com um médico especializado em nutrição, em busca da dieta certa que contribua para um corpo mais saudável. Confira abaixo as dicas da nutricionista funcional Érika Fantaguci Chuqui referentes a alimentação dos diabéticos, novas dietas e o que comer antes da prática de exercícios físicos.

1)      Que fatores o nutricionista leva em consideração ao elaborar uma receita?
Dra. Érika – A gente tem que primeiro ver quais são as patologias que o paciente apresenta, se ele tem diabetes ou hipertensão, e em cima disso ver se ele precisa perder peso ou se não há necessidade. Se ele precisar perder peso, além de ver os alimentos que ele pode ou não consumir, eu tenho que ver o valor calórico daquela dieta e excluir alguns alimentos. E a gente também leva em consideração o que o paciente gosta de comer ou não, pois precisa ter uma boa aceitabilidade. Por fim é levado em consideração o valor socioeconômico da pessoa.
2)      Quais são os cuidados nutricionais necessários antes da prática de exercícios físicos como o futebol ou a dança de salão onde há vários tipos de esforço e gastos energéticos?
Dra. Érika – Normalmente a gente sempre fala que de 40 minutos a 1 hora antes seja consumido alguma coisa, nunca fazer em jejum, pois o rendimento será menor durante o exercício e começa o cansaço. Tem pessoas que podem vir a ter hipoglicemia. Por isso a gente sempre indica comer um carboidrato associado com uma proteína antes da prática de qualquer exercício.
 
3)      Todas as frutas são permitidas aos diabéticos?
Dra Érika – Em relação aos diabéticos, com algumas frutas, é preciso ter cuidado. Pra começar, os diabéticos não podem consumir mais que três porções de frutas por dia. Existe uma tabela que prescrevemos, que damos para o paciente saber a quantidade referente a uma porção de cada fruta. Por exemplo, para o abacate, uma porção é um quarto dele. Já o caqui e a banana têm muito açúcar e não devem ser consumidos todos os dias.
4)      Atualmente existem várias dietas da moda como a da sopa e da proteína. O que você diz dessas dietas milagrosas que prometem resultados imediatos para a perda de peso? Até que ponto elas não são prejudiciais à saúde?
            Dra Érika – Eu não sou muito a favor dessas dietas, que são muito restritas. Cada dieta pode levar a um problema, a dos shakes, por exemplo, que está na moda agora, se apenas for consumido isso o dia inteiro, pode levar a pessoa à paralisia, pois não tem a quantidade suficiente de vitaminas e minerais de que o nosso corpo precisa. A da proteína é perigosa, em excesso pode levar as pessoas a terem problemas renais por fazer o rim trabalhar mais para filtrar aquela proteína.
5) A DETOX está sendo muito comentada ultimamente. Você pode explicar um pouco sobre ela? Como funciona e para que serve?
Dra. Érika – A dieta DETOX serve para desintoxicar o organismo, porque o excesso de toxinas não vem só dos alimentos industrializados, também vem do ar poluído; com a dieta, todas essas toxinas são eliminadas e com isso há melhora no metabolismo que fica mais acelerado, ocasionando maior perda de peso.
Pode ser trabalhada de várias maneiras, a gente pode incluir o suco verde, o famoso suco de frutas com couve, e dependendo do caso do paciente, podemos excluir leite e derivados durante um mês ou menos.        


            

segunda-feira, 17 de março de 2014

Surpresa no Oscar

Por Jacqueline Altopiedi

O Oscar 2014 ocorreu no domingo, 2, e será lembrado por ter dado, pela primeira vez, um prêmio a Steve McQueen, cineasta negro, e um dos prêmios mais importantes ao filme “12 anos de escravidão”.

Competia o prêmio de melhor filme com “Gravidade”, filme mais apostado para o prêmio, entre outros filmes. Apesar do empate, “12 anos de escravidão” acabou levando a estatueta.

Esse filme mostra um homem negro que foi vendido como escravo e ficou 12 anos trabalhando em plantações até sua libertação.

A falta de recursos e investidores foi consequência da crise econômica que atingiu indiretamente a premiação.

Segundo o comentarista da TNT Rubens Ewald Filho, o público não tinha uma preferência de filmes, porém havia uma torcida maior para “Gravidade”.
             
       Juliana Castanheira, aluna de Relações Públicas das Faculdades Integradas Rio Branco deu sua opinião sobre o Oscar 2014. Segundo ela o evento foi manipulado e houve falta de respeito com o filme “12 anos de escravidão”, pois os apresentadores deram a opinião sobre o filme sem ao menos ter assistido. Para ela o prêmio de melhor filme para “12 anos de escravidão” foi merecido, pois retrata uma realidade do passado e o preconceito.

    

“Rolezinhos” aproximam juventude e política

Por Giovana Meneguim

Das manchetes dos noticiários nacionais a tema de marchinhas de carnaval, os "rolezinhos", encontro de jovens da periferia em locais usualmente frequentados pela elite, chamaram a atenção do país.

O primeiro “rolezinho” a ganhar destaque nos jornais reuniu cerca de 6 mil jovens no estacionamento do Shopping Itaquera, zona leste de São Paulo. Organizado após a prefeitura restringir a realização dos bailes funk de rua, comuns nas regiões periféricas da metrópole, o "rolezinho", ainda que incidentalmente, aproximou o universo do funk ostentação da política ao reacender o debate sobre a necessidade da criação espaços de lazer para a juventude das periferias.

A União da Juventude Socialista (UJS) entrou em contato com Vinícius Andrade, um dos organizadores de "rolezinhos", propondo auxílio no diálogo com o poder público para a conquista de espaços para a realização dos eventos. O jovem, ao saber do envolvimento do grupo com o  Partido Comunista do Brasil (PC do B), revogou sua filiação, pois se sentiu enganado pela instituição, por não ser informado que se tratava de um partido político.

O estudante Walas Francisco, de 16 anos, participou de alguns “rolezinhos” em São Paulo. "É uma forma de se divertir, conhecer pessoas novas, encontrar os amigos. Lá onde a gente mora não tem muita coisa pra fazer". Ao ser questionado sobre o papel dos organizadores, afirma que estes não costumam ter muita influência sobre os outros participantes. "Eles só postam lá no Face, só que como tem muitos amigos, todo mundo fica sabendo e acaba indo".

Para o entrevistado, a atitude da UJS foi desnecessária, pois não acredita que o envolvimento de um partido político possa ajudar. "Eles já estão lá faz tempo, no governo. Se quisessem fazer alguma coisa pra gente, já teriam feito. Não tinha que esperar sair no jornal". O adolescente conclui dizendo que funk, "rolezinhos" e política "não têm nada a ver. Pra mim, é só curtição."

Ainda assim, os "rolezinhos" conquistaram um importante espaço para estes jovens. Após diálogo com a prefeitura de São Paulo, foi realizado, no dia 15 de fevereiro, o primeiro “rolezinho” autorizado no parque Ibirapuera. O evento reuniu cerca de 200 adolescentes, segundo a prefeitura.


Desejo de fazer parte da elite faz jovem de classe C usar roupas de marca


Por Gabriela Alencar

A utilização de roupas de marca, até pouco tempo atrás, era um privilégio da classe A. Mas, com o crescimento da renda da classe C que agora é de 129,2 bilhões de reais em comparação com a soma das classes A, B e D que é de 99,9 bilhões, como mostra pesquisa do Datafolha divulgada em fevereiro, essa realidade mudou.

Cada vez mais cedo esses jovens, como relata o cantor de funk Guilherme Vinicius, 19, vulgo MC GuiOest, passam a investir em roupas de marca, “para se sentir bem, pois é muito bacana andar sempre na moda”.  Ele também conta que, usa roupas de marca, muitas vezes para ser aceito em determinados lugares, “é muito bom estar bem vestido para ser bem recebido”. 

Isso pode ser percebido nos chamados “rolezinhos”, onde jovens de periferia usam roupas, calçados e assessórios de marca, em locais frequentados pela classe A. Isso gerou descontentamento e até mesmo vergonha por parte de algumas grifes, em relação aos seus clientes de classe C.

Ao ser questionado sobre isso, MC GuiOest afirma que ele e os outros consumidores são importantes para as marcas de roupa, porque elas dependem deles, mas eles não dependem delas. 

Já para a consultora de moda Alba Prizão, “Não existe motivo para se envergonhar. A classe C é um mercado consumidor enorme e existe muito espaço para as marcas crescerem se tiverem este público como alvo. Caso a marca não queira vender para essa classe, ela deve repensar suas estratégias de marketing”.

E por fim acrescenta, “Quando um jovem de classe C utiliza roupas antes destinadas para a classe A, ela mostra que pode fazer parte deste grupo restrito, que também pode consumir aquilo que a elite consome. Isso faz parte do mecanismo do consumo e da moda, não vejo nenhum problema neste desejo”. 

Brasil tem o melhor desempenho da história em Sochi

Por Marcel Pereira

Os Jogos Olímpicos de Sochi, realizado na Rússia entre os dias 7 e 23 de fevereiro, já faz parte da história como melhor desempenho da delegação brasileira na história dos Jogos. Pode-se esperar um futuro bem promissor para o time brasileiro mesmo sem estar acostumado com um tipo de terreno pouco conhecido dos brasileiros, a neve.
Para o jornalista esportivo, Thomas Lagoa, o desempenho do Brasil ficou dentro das expectativas e o resultado global pode ser considerado positivo. “A delegação brasileira ganhou mais incentivo do governo para Sochi, eu acredito que isso estimulou a equipe, buscando assim um melhor desempenho”. Em Sochi, o Brasil teve um número recorde de 13 atletas competindo, em sete modalidades.
Nessa edição dos Jogos Olímpicos de inverno, o time brasileiro teve muitos resultados expressivos, como o da atleta de snowboard, Isabel Clark, que conseguiu um resultado significativo, alcançando a 14ª colocação. Nessa competição, apenas as 24 melhores atletas do ranking mundial se classificam para a disputa dos jogos.
Como em todas as outras edições, a participação feminina nos Jogos Olímpicos foi melhor do que a masculina. Em entrevista concedida ao site Terra, o presidente do Comitê Brasileiro de Desportos na neve e no gelo, Stefano Arnhold, força o público masculino a melhorar para a próxima edição dos Jogos. “Pela composição da nossa delegação, o feminino sempre se destacou do masculino. Vamos torcer e trabalhar para que o masculino possa evoluir daqui para frente”.


Ainda em 2014, Arnhold vai reunir o Comitê Paralímpico, Comitê Olímpico Brasileiro e o Ministério do Esporte, para planejar as metas para o próximo ciclo olímpico, visando desde já as Olimpíadas de 2018, que será realizada em Pyeongchang, na Coréia do Sul. Ainda não foram definidas as datas para a realização das reuniões.

Há 50 anos, a Beatlemania desembarcava nos Estados Unidos


Por Nathan Rodrigues


Os quatro rapazes de Liverpool estavam acomodados em seus quartos, no Hotel George V, em Paris, prontos para dormir, quando receberam a notícia de que o single “I Want to Hold Your Hand” havia se tornado hit número 1 nos Estados Unidos. A canção pulou da posição 43 para o topo das paradas e o empresário da banda, Brian Epstein, achou que o momento era ideal para uma viagem até o Novo Continente.

Três dias após as apresentações em território francês, os Beatles cruzavam o Atlântico para os seus primeiros concertos na América, sem imaginar, contudo, o pandemônio que os aguardava. Ao desembarcar no recém-batizado Aeroporto John F. Kennedy, em 7 de fevereiro de 1964, o quarteto inglês apresentou ao mundo a Beatlemania, que capitaneou a chamada Invasão Britânica e redefiniu os rumos da música pop.

“A Invasão Britânica teve grande importância não só por ter aberto as portas dos artistas britânicos no maior e mais importante mercado para a música pop, mas por ter ajudado na divulgação desses artistas para o resto do mundo. Além disso, também incentivou o intercâmbio musical entre os países, que se ampliou bastante a partir daí”, analisa o jornalista Fabian Chackur, do blog “Mondo Pop”.

Amparada por um single arrasador e um inteligente plano de divulgação — Epstein havia firmado, meses antes, um acordo com o famoso apresentador Ed Sullivan e a Capital Records espalhou pelo país seis milhões de cartazes com os dizeres “Os Beatles vêm aí!” — a banda foi recepcionada por quatro mil jovens e saboreou um pouco da loucura que a acompanharia durante os 34 dias de compromissos na América.

RECORDES E INDIFERENÇA
As primeiras apresentações mostraram a John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr que a Beatlemania, na Terra do Tio Sam, era muito mais insana do que na Europa. O primeiro show na televisão americana, marcado para 9 de fevereiro, no The Ed Sullivan Show, foi assistido por 74 milhões de telespectadores, um recorde para a época. O número representava metade da população local.

Não importa onde fossem, os fãs estavam por perto. Nesta altura, a música era só pano de fundo. A Beatlemania tomara de assalto os Estados Unidos. “Os Beatles já eram uma banda de muito sucesso, mas não dá para negar que, a partir daquela conquista, os horizontes para os Fab Four se ampliaram significativamente”, afirma Chackur.

Se o conjunto nutria uma boa imagem com a sua audiência, o mesmo não poderia ser dito da imprensa norte-americana. Mesmo com o intenso clamor popular, a banda foi tratada com desdém pela mídia e os Beatles foram taxados de “desastrosos” e “ridículos”. Nem mesmo a histórica apresentação no Ed Sullivan Show acalmou os ânimos dos jornalistas.  A CBS classificou o evento como “não-herois, fazendo não-músicas e usando não-cortes de cabelo”, enquanto o Washington Post definiu os músicos britânicos como “caipiras importados que parecem cães pastores e soam como gatos de rua em agonia”.

Para Paulo Roberto de Camargo, professor de Psicologia Social das Faculdades Integradas Rio Branco, as mudanças culturais e sociológicas trazidas pelos Fab Four — como qualquer alteração
custou um tempo para ser aceita. “A Beatlemania, em termos comportamentais, pode ser entendida como uma corporalidade, principalmente em relação ao feminino, aquela corporalidade contida, que, de repente, explode. A mídia dos Estados Unidos, a princípio, tratou esse evento de massa como algo passageiro, ou seja, o povo consome, vem outro evento e dá prosseguimento”, destaca.

INFLUÊNCIAS ALÉM-MÚSICA
Mais que a cartilha musical criada pelos Beatles, base para o trabalho de muitos artistas pop da atualidade, a Beatlemania também ditou moda e quebrou antigos padrões comportamentais.

Além disso, os Fab Four foram os primeiros heróis de uma geração pós-guerra, apresentando a uma gama de jovens o bom e velho rock’n roll. “A Beatlemania, pensando em veículos de comunicação, pegou canais que amplificavam mais a música. Colocando isso numa sociedade de massa, com essa quebra de valores, esse fenômeno dava  um outro sentido para uma geração que buscava outras formas de comportamento”, explica Paulo Camargo. 

Noites de memória nas ruas do centro de São Paulo

Por Fernanda Clas e Tamiris Mota

O centro de São Paulo é um lugar que possui muita história para contar, que tal conhecê-lo de uma maneira criativa e saudável? Em setembro de 2005, o militante Carlos Beutel, na luta pela recuperação do centro de São Paulo, idealizou a ”Caminhada Noturna”. Saindo do Teatro Municipal, a caminhada reúne cerca de 50 a 100 pessoas, de moradores a excursões de escola, todas as quintas às 20h.  A ideia é relembrar a história de São Paulo e valorizá-la, mostrando detalhes que o centro possui e que na correria do dia a dia não percebemos. 

As caminhadas duram aproximadamente duas horas, sendo sempre um novo passeio, com temas de personagens célebres que contribuíram para a cultura e o desenvolvimento da sociedade paulista ou relacionadas a alguma data especial. Muitas vezes o guia passa seu microfone a pessoas que sabem sobre o tema, ou são guiados por voluntários que têm conhecimento sobre assuntos específicos, como arquitetos e historiadores. Em um passeio foram guiados por Laurentino Gomes, autor da famosa obra 1822. E se alguém tem receio de passear à noite no centro da cidade, Laércio de Carvalho, que sempre acompanha as caminhadas e geralmente as guia brinca: “É mais fácil nós assaltarmos alguém do que sermos assaltados, é sempre muita gente junta”.

No dia 13 de março, a reportagem acompanhou um dos passeios. O tema foi Adoniran Barbosa, conhecido principalmente por “Trem das Onze”, e que contribuiu imensamente retratando o cotidiano da década de 50. Passamos por lugares em que partes marcantes da história do cantor se cruzam com a história da cidade como a antiga Rádio Record, a Praça da Sé e a central de polícia, onde Adoniran foi preso mais de três vezes na mesma noite. A caminhada nos faz olhar o centro de outra forma e resgatar um passado que não podemos esquecer.


Aumenta o número de casos violência envolvendo torcidas organizadas

Por Danilo Alves

Segundo estudo feito pelo sociólogo Mauricio Murad, escritor do livro: ”A violência no futebol”, entre 1999 e 2008, foram constatadas aproximadamente 42 mortes envolvendo brigas de torcida. Nos períodos entre 2009, 2010, 2012 foram constatadas 37 mortes, ou seja, tivemos um aumento exponencial no número de mortes, se compararmos com os primeiros números divulgados.

Pouco tempo atrás, um fato não noticiado aconteceu com o torcedor Vitor Kivitz, dentro de um shopping center, em São Paulo. Ele estava dentro de uma farmácia próxima, a porta de entrada, quando torcedores de uma torcida organizada do Palmeiras, o avistaram vestindo uma camisa de um time rival e o agrediram. Veja abaixo o seu relato:

Ainda segundo Kivitz: “Eu sou contra as torcidas organizadas, elas são um câncer no futebol. Eu já estive em um jogo e tive vontade de ir embora, por causa de uma briga entre as organizadas, Independente e Gaviões da Fiel”.

Para o professor e sociólogo Paulo Camargo, “A violência das torcidas organizadas é uma espécie de cultura. É uma forma de se integrar a um grupo e esse grupo opera em razão da violência, e essa violência dá um sentido para a existência deste grupo. E para que esse sujeito participe deste grupo, deve participar da violência”. Segundo o sociólogo, quando reunidos na “massa” das torcidas: “Eles têm prazer em ferir o outro, isso alivia a pessoa, a integra no grupo e satisfaz de certa forma”.