Revelando São Paulo desperta o amor pela cultura paulista no coração da capital
Por Giovana Meneguim e Nathan Rodrigues
Receitas caiçara, caipira e piraquara estiveram representadas nos espaços culinários. (Foto: Reinaldo Meneguim) |
Os olhos deslumbrados mesmo após tantos anos revelam a paixão de Miriam Mossolin pela cultura paulista. A geógrafa de 54 anos, que acompanha o Revelando São Paulo desde quando ainda era realizado no Parque da Água Branca, faz questão de voltar todo ano — o encanto é tamanho que considera o evento um mundo a parte.
A 18ª edição do evento, realizada em setembro, reuniu mais de 1 milhão de pessoas no Parque da Vila Guilherme — Trote, entre visitantes de primeira viagem, encantados com as inúmeras manifestações culturais do Estado, e público cativo, como Miriam. Por dez dias, a zona norte da capital paulista esqueceu a agitação típica de metrópole e ganhou ares interioranos. Fogão a lenha, carros de boi e realejos enfeitaram a região. As demonstrações artísticas também deram mais cor ao universo costumeiramente cinzento da cidade.
A 18ª edição do evento, realizada em setembro, reuniu mais de 1 milhão de pessoas no Parque da Vila Guilherme — Trote, entre visitantes de primeira viagem, encantados com as inúmeras manifestações culturais do Estado, e público cativo, como Miriam. Por dez dias, a zona norte da capital paulista esqueceu a agitação típica de metrópole e ganhou ares interioranos. Fogão a lenha, carros de boi e realejos enfeitaram a região. As demonstrações artísticas também deram mais cor ao universo costumeiramente cinzento da cidade.
Ao chegar ao parque, Miriam cumpriu religiosamente o roteiro programado desde a primeira visita ao Revelando. Dirigiu-se ao palco principal e ficou por ali, a assistir a vasta programação do dia. A alegria não demorou a brotar em seu rosto. Prestigiar o evento é compromisso inadiável.
“Eu passava o dia inteiro lá na frente, assistia de tudo. Tinha folia de reis, congada… Percebi que estava passando tempo demais ali quando o Toninho começou a apresentar os grupos, conversando comigo”, relembra, aos risos. “Nenhum dos meus amigos vieram comigo. Resolvi vir sozinha, pensando que encontraria pessoas com gostos parecidos com os meus.”
O público ainda acompanhou as tradicionais Cavalhadas de jogos. (Foto: Giovana Meneguim) |
Foi assim que descobriu um novo núcleo de convivência. Toninho Macedo, idealizador e responsável pelo evento, sugeriu que a assessora de imprensa fizesse uma matéria com a senhora que passava o dia todo em frente ao palco, estreitando ainda mais os laços de Miriam com o festival.
Oito anos depois, a geógrafa já conhece o evento como o quintal de sua casa. “Estar lá é tão mágico que eu fui no domingo e aí falei pra minha mãe na segunda: bom, vamos voltar à vida real, porque o Revelando, pra mim, é um outro mundo. Resta agora esperar a próxima edição do evento.
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