sexta-feira, 16 de maio de 2014

Expectativas da área comercial para a Copa de 2014

Ponto de vista dos comerciantes em relação à chegada de estrangeiros ao país

Por Camila Santos e Nathalia Moraes Franco


Em menos de um mês o Brasil sediará um dos eventos mais esperados por todos: a Copa do Mundo de 2014. Porém, essa realização está dividida entre críticas, opiniões diversas e polêmicas. Grande parte da sociedade considera que o país está investindo exageradamente em obras nas cidades-sede, deixando de priorizar itens essenciais à população como: saúde pública, educação, transporte, entre outros problemas que são utilizados como argumentos pelos adeptos do movimento "Não vai ter Copa".

Por outro lado, existem os que acreditam que a Copa do Mundo de 2014 possa ser usada como estratégia para atrair os estrangeiros, aumentando a visibilidade internacional do Brasil no setor econômico. Segundo Sirane Bandeira, sócia e proprietária do restaurante Maçã Verde, situado na região de Pinheiros, o estabelecimento está preparado para receber turistas. "Estamos desenvolvendo cardápios na língua inglesa e efetuando treinamento dos funcionários para um atendimento de qualidade", diz.

Restaurante Maçã Verde (Crédito - Nathalia Moraes Franco)
Em contrapartida, nem todos os representantes da área do comércio compartilham dessa expectativa positiva no que diz respeito ao Mundial. De acordo com Ana Cecília Panizza, assessora de imprensa da Associação Comercial de São Paulo, o benefício de maior impacto será destinado ao turismo. "A hotelaria lucrará bastante, mas as vendas serão prejudicadas à medida que houver fechamento do comércio durante os jogos", afirma.

A metrópole paulistana recebe um número expressivo de estrangeiros que vêm à cidade para usufruir das opções que ela oferece, desde cultura a negócios. Essa realidade faz com que os turistas tornem-se clientes assíduos do comércio de São Paulo. Lorenz O'Her, estudante alemão que reside no Brasil há um ano, conta que já enfrentou algumas dificuldades durante os atendimentos. "No começo era complicado  pedir o que desejava, tanto pelo meu português escasso, como pelo bloqueio que os comerciantes apresentavam em compreender algum outro idioma. Diante dessa situação, apelava para a mímica", declara.


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